“Paz na terra e boa vontade aos homens — é tudo de mais sagrado que posso desejar ao mundo tão carente da misericórdia de Deus.”
Versos da Salvação não é um livro para ser apenas lido — é um concerto escatológico em forma de cordel. Composto de fé, crítica e clamor, José Martins Silva transforma sua caminhada política e sua experiência espiritual em um testemunho poético que edifica, exorta e convoca.
Escrito entre as tensões da fé e da política, da teologia e da nação, o livro é um convite para que famílias, cidades e governantes se preparem espiritualmente para o Juízo Final.
O autor propõe que o Reino de Deus não é apenas espiritual, mas estrutural, afetando diretamente o modo como se vive, se governa e se escolhe. Para ele, o Brasil evangelizado precisa de conversão prática: menos farisaísmo, mais cidadania cristã.
“Cristianismo é perfeita cidadania, com equilibrado senso crítico.”
A salvação, segundo o autor, não é individualista, mas comunitária e estruturante — só pode ser vivida num país que reconhece o senhorio de Cristo sobre a política, a economia e a consciência.
Ao longo dos capítulos — como “Rumo ao Tribunal de Cristo”, “Dupla Missão Teológica”, “A Primazia de Cristo” e “Autoafirmação Cristã” — o autor conduz o leitor a uma peregrinação poética por temas como:
fé e livre-arbítrio;
patriotismo e corrupção;
salvação e responsabilidade moral;
graça salvadora e escatologia.
Cada verso é uma convocação para se preparar com arrependimento e fidelidade, pois o tempo da misericórdia pode findar.
A centralidade de Jesus Cristo como governante universal, redentor histórico e juiz escatológico é o núcleo da obra. O autor proclama com vigor que não há outro caminho, outra ponte, outro mediador. E que é urgente reconhecer o seu governo — não apenas nas igrejas, mas também nas prefeituras, nas famílias e nas consciências.
“Foi dado no céu e na terra a Jesus Cristo todo poder — inclusive o poder de ordenar ao morto: viver.”
Tal como nos livros anteriores, José Martins oferece não apenas um texto, mas um testemunho político-espiritual em forma de poema. A experiência como ex-prefeito e assessor público não é esquecida, mas convertida em trincheira de fé. Ele escreve com a dor e a esperança de quem já sofreu nas mãos do fisiologismo — e ainda assim mantém a cruz em pé, o coração fiel e a palavra afiada.
Versos da Salvação é um poema doutrinário e devocional, que não foge do confronto, mas também não perde a ternura espiritual. José Martins crê, prega e escreve como quem planta para o além.
“O mundo, comungue então da esperança que o Brasil tem. Não é utopia o sonho cristão de habitar a Nova Jerusalém.”